Disney Illusion Island é uma jornada relaxante 265z6u

Imagem: Divulgação/Dlala Studios

Após ter sido lançado para o Nintendo Switch em 2023, “Disney Illusion Island” chegou para as demais plataformas em 30 de maio de 2025. O título foi desenvolvido pela Dlala Studios, que tem no seu currículo jogos como “Overruled!” (2015) e “Battletoads” (2020). O game é uma mistura de diversos estilos de jogos, entre eles metroidvania (gênero que também é conhecido por combinar elementos de “Metroid” com “Castlevania”) e também plataforma. O LeiaJá teve a oportunidade de testar essa aventura na versão de PS5.

Do que se trata o game? 24e6b

“Disney Illusion Island” é um game protagonizado pelo Mickey, Minnie, Donald e Pateta, que pode ser jogado em até quatro jogadores ao mesmo tempo. Na história, a turma do camundongo é convidada para um piquenique na ilha Monoth, só que ao chegar lá, descobrem que precisam recuperar três “tomos” que protegem o local.

Conforme já mencionado, o título possui um formato de progressão estilo metroidvania, com um único mapa que interliga diversas áreas. Além disso, existem as clássicas áreas que não poderão ser adas de imediato e que vão exigir o uso de uma habilidade específica, que será adquirida em algum momento da jornada.

As habilidades em questão variam entre poder dar pulos maiores, quicar em paredes, nadar, planar em regiões com ventanias ou poder destruir alguns tipos de solos. Tudo isso é feito por meio de objetos que os personagens ganham durante a exploração e o destaque fica por conta do senso de humor, que coloca o Pato Donald para ser sempre o que vai receber os “piores” objetos.

Logo no começo do jogo, o grupo recebe a habilidade para quicar em paredes (também conhecida como wall jump). O Mickey por exemplo, consegue fazer isso com um lápis gigante, a Minnie recebe um equipamento de exploração, o Pateta faz isso por meio de um garfo, já o Pato Donald ganha um desentupidor de pia. Os diálogos sempre deixam evidente a insatisfação do personagem em ficar com a pior parte e esse é um tipo de humor que sempre marcou presença nas histórias clássicas da Disney.

Outro acerto de “Disney Illusion Island” fica por conta da precisão de seu mapa, que sinaliza todos os pontos que ainda não foram ados e marca qual a habilidade que deve ser usada em cada parte. Caso o jogador não tenha aquela determinada habilidade, o local será marcado apenas com um ponto de interrogação.

Isso torna a exploração mais simples, tanto para os que querem apenas concluir o jogo quanto para os que almejam os 100%. Como o mapa é bastante amplo, seria impossível lembrar de todas as lacunas deixadas para trás e um mapa detalhado é bem vindo em qualquer metroidvania.

Progressão cansativa 6r342h

Embora o título conte com diversos acertos, o gameplay pode se tornar um pouco tedioso com o ar do tempo. Isso acontece porque o game não dispõe de um sistema de combate ativo e apesar de conter inúmeros inimigos distribuídos pelo mapa, não é possível atacar nenhum deles, restando apenas a opção de fugir e evitá-los. 

De modo geral, o jogo se apoia em suas mecânicas de exploração e em desafios típicos de um jogo de plataforma, o que não seria um problema se o jogo fosse mais curto. Mas, devido ao vasto tamanho do mapa, uma pequena sensação de cansaço poderá ser sentida.

Os únicos momentos em que o jogador terá algo próximo de um sistema de combate, será nas batalhas contra bosses, mas elas são bastante escassas e não chegam a ser o foco principal do game. Apesar de nenhum desses fatores fazerem de “Disney Illusion Island” uma experiência ruim, é evidente que eles tornam o game uma experiência menos interessante do que ele poderia de fato ser.

Uma viagem ao ado? 2p342y

Quem joga videogame desde as gerações do Nintendo 8 Bits, Master System, Super Nintendo e Mega Drive, deve lembrar que Mickey Mouse e sua turma estiveram presentes em diversos títulos e que muitos deles se tornaram clássicos inesquecíveis.

Nos consoles da Sega, “Castle of Illusion” (1990), “World of Illusion” (1992) e “QuackShot” (1991) estão entre os melhores jogos da plataforma. Do lado da Nintendo os mais marcantes ficam por conta da trilogia “Magical Quest” (1992 – 1995) e “Mickey Mania: The Timeless Adventures of Mickey Mouse” (1994). Todos esses games conseguiam disputar a preferência do público infanto-juvenil e chegavam a bater de frente com os famosos mascotes da época, Mario e Sonic.

Com o ar do tempo, os jogos da turma do Mickey aram a marcar menos presença, até chegar ao ponto de se tornarem mais raros. Diante disso, “Disney Illusion Island” pode ser visto por muitos como uma experiência nostálgica, contudo, não é isso que o game se propõe a fazer e isso pode decepcionar alguns.

“Disney Illusion Island” até pode marcar um possível retorno do camundongo e sua turma ao mundo dos videogames, mas o que está presente aqui é um título que se adapta a formatos modernos do mercado. Com suas qualidades e defeitos, este é um produto feito para um público atual, que pode agradar os fãs antigos, mas não pelos motivos que eles esperam.

Brasileiros esquecidos novamente 1z1b58

Mesmo com uma história simples, “Disney Illusion Island” é um jogo repleto de cenas de diálogos, que carregam aquele característico tom de humor da Disney. Contudo, o título não dispõe de uma localização em português, seja na sua dublagem ou na parte textual, o que impedirá que muitos brasileiros consigam acompanhar o enredo.

Esse é um tipo de discussão bastante presente no mercado atual de games, pois não é de hoje que a localização em português deixou de ser um atrativo e se tornou algo essencial. O Brasil é um dos principais mercados consumidores de jogos e esse tipo de e deve ser exigido para todos os títulos, independentemente do tamanho da empresa que esteja por trás dele.

Além disso, a empresa sempre tem a opção de adicionar o idioma português por meio de atualizações, tal como a Capcom fez com o remaster de “Onimusha: Warlords” ou como a Aspyr Media fez com a coletânea “Legacy of Kain Soul Reaver 1&2 Remastered”.

Vale a Pena? 5f259

“Disney Illusion Island” é um metroidvania que acerta em diversos aspectos, como por exemplo, em seu fator de exploração; mas que peca por não oferecer um sistema de combate ativo, o que pode tornar o gameplay cansativo. Mesmo com os seus problemas, o título ainda é uma opção assertiva para os fãs do Mickey e sua turma ou para o público infantil. Este game é vendido no PS5 por R$149,50; Xbox Series X/S por R$112,45; Nintendo Switch por R$199; e PC por R$89.

*Colaboração de Alfredo Carvalho para o LeiaJá